MULHERES TÊM DESTAQUE NO ESQUEMA DE SEGURANÇA DA POSSE DE DILMA ROUSSEFF

Em Brasília, o ritmo é acelerado. Um grande esquema de segurança foi montado para a posse da presidente Dilma Rousseff. Quase quatro mil pessoas vão trabalhar para que tudo saia como previsto. Houve um reforço na participação feminina. Como é a posse de uma presidente, como é tudo para uma presidente, a festa vai ser um pouco diferente, com uma participação bem maior de mulheres.

Por exemplo, mulheres motociclistas vão formar a comissão de frente que vai estar na escolta do carro de Dilma Rousseff no próximo sábado (1º). Trata-se de uma homenagem à presidente eleita e às motociclistas, também conhecidas como batedoras.

Prontas para parar o trânsito, as batedoras fazem parte do pelotão da Polícia Rodoviária Federal que vai fazer a escolta da presidente eleita no dia da posse. Junto com os outros batedores, elas vão abrindo caminho desde a residência oficial do Torto até a catedral.

Na cadetral, se não chover, a presidente começa o desfile em carro aberto até o Congresso nacional, onde vai tomar posse. Uma hora e meia depois, Dilma Rousseff vai para o Palácio do Planalto. Quando terminar a cerimônia de transmissão de faixa e os discursos, segue de carro para o Palácio do Itamaraty, onde participa de um coquetel a partir de 19h.

Ao todo, 3,8 mil pessoas vão trabalhar na segurança. O planejamento começou há seis meses. A Marinha vai fazer o policiamento do Lago Paranoá. O espaço aéreo vai ficar fechado. Só aviões previamente autorizados poderão cruzar o céu de Brasília. As polícias Federal, Civil e Militar também participam.

O local onde funciona o centro de operações reúne representantes de todos os órgãos que vão atuar no esquema de segurança para o dia da posse. Um telão recebe imagens de nove câmeras que vão monitorar todo o trajeto das autoridades, inclusive o da presidente eleita.

As câmeras conseguem mostrar detalhes, como pessoas que estão em pontos bem distantes. Grades já foram instaladas em boa parte da Esplanada para isolar o público e tentar evitar que se repita o que aconteceu em 2003, quando um homem conseguiu chegar até o presidente Lula. Aliás, a segurança será especial também para a despedida dele.

“Para nós, a maior preocupação é de o próprio presidente Lula se emocionar e querer se dirigir ao povo. Isso pode acontecer. Numa eventualidade, nós estaremos preparados para proporcionar segurança ao presidente”, afirmou o coronel Carlos José Penteado, do comando militar do Planalto.

Ainda para a segurança, militares do Exército vão ter armas de choque e gás, e atiradores de elite vão ficar em pontos estratégicos da Esplanada dos Ministérios. Se chover, uma possibilidade bastante concreta nessa época do ano em Brasília, a presidente eleita vai fazer todo o percurso em carro coberto.