Capitão Samuel e ASSOMISE apóiam Sargento Vieira
Capitão Samuel e ASSOMISE apóiam Sargento Vieira
|
“Totalmente injusta a punição, vamos entrar com habeas corpus para libertá-lo, e esse tipo de atitude não pode acontecer uma vez que o sargento é representante de uma classe e de uma associação, e essa medida de calar é um ato inadmissível”, afirma indignado Capitão Samuel. Sargento Vieira promete greve de fome, e acusa o governo petista de perseguir trabalhador Do Universo Político.com"Eu derramei lágrimas quando esse governo chegou ao poder, tive a esperança de uma mudança acontecer, e hoje a gente vê o governo do PT orquestrado, fazendo perseguição ao trabalhador. Meu filho me tem como herói, imagine o que passará pela cabeça dele quando ele souber que o pai está no lugar onde ficam os bandidos? Minha mulher basta olhar para mim que começa a chorar. É isso que eu ganhei por sonhar com dias melhores. Eu estou decepcionado", desabafou emocionado. O sargento da Polícia Militar e pai de três filhos Jorge Vieira da Cruz, na noite de hoje, dia 9, no ar do programa Liberdade Notícias 2ª edição, quando comentou o decreto que o levará à cadeia do Quartel da Polícia Militar por cinco dias. O policial, que declarou- se decepcionado com a gestão do governo Marcelo Déda (PT), em virtude do que ele chamou de "perseguição aos militares", prometeu fazer greve de fome durante os dias que estiver detido. "Por lutar em prol da classe dos policiais militares, por defender os direitos desta categoria, estou sendo tratado como um bandido.Enquanto bandidos estão incomodando a população e matando policias, um pai de família é colocado na prisão. A preocupação hoje é querer amordaçar a representatividade dos policiais militares. Vemos é um delegado de polícia vindo a público dizendo que está sendo perseguido. E está sendo mesmo. Não tem outra palavra. E temos que nos calar, para não sofrer procedimento?", questionou ele, remetendo-se ao tratamento lastimável que o delegado Paulo Márcio afirma estar recebendo na Corporação. "Farei greve de fome não para me aparecer, mas como um pai de família que quer justiça", cobrou o Sargento Vieira, que representa a Associação Beneficente dos Servidores Militares de Sergipe (Absmse), que abrange cerca de 3800 agentes de segurança, entre policiais militares e bombeiros, ativos, inativos e aposentados. O sargento disse que durante os 15 anos de atuação na Polícia Militar vem sofrendo vários processos, sempre, segundo ele, por defender melhores políticas públicas para a segurança do Estado.No entanto, Vieira lamentou o fato de continuar passando dissabores no governo em que ele empenhou a esperança de mudança. Além do sargento Vieira, o sargento Edgar, o coronel Péricles e o capitão Samuel também sofreram procedimentos administrativos. Todos eles ligados a chamada Associação Unidas da Polícia Militar. De acordo com Vieira, eles estão sendo julgados por manifestarem-se contra ações que eles julgam impróprias do Comando da Polícia Militar. "Eu e meus companheiros estamos sendo cassados como se fossemos bandidos. Isso por reclamar, por colocarem policiais militares trabalhando em delegacia, por dizer que não comemos camarão, quando o Jornal Cinform me perguntou (denúncia de compra inexistente em nome da PM), por contestar as irregularidades da corporação", afirmou Vieira, lembrando que ele e seus colegas passaram por um julgamento que pode resultar em oitos anos de prisão e perda de emprego. Vieira contestou ainda a declaração do Comandante da Policia Militar, coronel Pedroso, que mesmo reconhecendo que, de acordo com a Constituição, os militares não podem ter sindicato, taxou que a "Associação dos Policiais não representa a categoria. Não fala pelos militares. Quem fala e representa é o Comando da Polícia", disse o coronel. "Dizem que os representantes são as autoridades. Mas como é que as autoridades vão representar a categoria se são estas autoridades que determinam o padrão para a categoria? Isso é injustiça. É coisa de governo que fez tudo para chegar ao poder, mas hoje pisa no trabalhador. Mas eu vou mostrar a sociedade que sou um beija-flor que, mesmo pequeno, vai fazer sua parte protestando", disse ele, referindo-se a greve de fome que fará durante o período de sua prisão que se inicia no próximo dia 15, quando o Brasil estará iniciando sua participação na Copa do Mundo 2010, jogando contra a Coréia do Norte. |

