AL: ASSOCIAÇÕES GARANTEM QUE ATO ESTÁ ACONTECENDO.

10/04/2010 13:45

 

Enquanto o comando da Polícia Militar de Alagoas e a Secretaria de Estado da Defesa Social afirmam que os policiais militares estão trabalhando normalmente nesta quarta-feira, líderes de associações militares destacam que é pequeno o número de policiais nas ruas e que o movimento está apenas começando e deve ganhar a adesão de todos os militares com o passar dos dias.

“A decisão de aquartelar foi decidida pela própria categoria e começou a ser colocada em prática hoje. O número de militares nas ruas está reduzido, basta observar se tem alguma viatura nas ruas”, afirmou o major Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas.

Quando questionado sobre as punições que poderiam vir a ser colocadas em prática pela PM com a realização do aquartelamento, major Fragoso foi enfático ao afirmar que os militares não temem nenhum tipo de punição. “O pior é enfrentar os bandidos nas ruas todos os dias. Não tememos punição, tememos o descaso com a corporação”, afirmou.

O representante dos militares também destacou que o movimento de aquartelamento pretende organizar um cronograma de ações a serem deflagradas ao longo do dia com o intuito de fazer com que os policiais que não aderiram ao movimento, saiam das ruas. “Alguns poucos policiais furaram o movimento, mas nós vamos percorrer a cidade para que eles saiam das ruas e fiquem nos quartéis. O importante é saber que o policiamento não está normal hoje”, disse.

Ele também teceu críticas ao secretário Paulo Rubim e afirmou que ele não tem prestígio para solucionar os problemas da segurança pública no Estado.

“O Rubim não tem força e nem prestígio. Nós já nos reunimos várias vezes com ele e colocamos a reivindicação, mas ele fala que nada chegou até a Defesa Social até agora”, falou.

Para Wagner Simas, presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Alagoas, o comando da PM está fazendo a parte deles ao dizer que não está acontecendo o aquartelamento. “Eles estão fazendo o papel deles dizendo que não houve aquartelamento, mas estamos aquartelados sim porque isso ficou decidido desde o dia 30”, disse.